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Dia do Sexo: Mulheres com pouca vida sexual têm mais risco de mortalidade, aponta estudo

No mês em que é comemorado o Dia do Sexo (6/9), costuma-se relembrar a famosa frase “sexo é vida”. Mas será que é uma verdade? Segundo o estudo “Conexão entre depressão, frequência sexual e mortalidade por todas as causas: descobertas de um estudo nacionalmente representativo”, publicado em julho deste ano no Journal Of Psycosexual Health, quanto menos sexo uma mulher fizer, maior o é seu risco de mortalidade.

Apesar dos pesquisadores não terem encontrado relação entre mortalidade e vida sexual em homens, o Dr. Marcelo Bechara, médico clínico e cirurgião geral, relata que uma vida sexual desbalanceada pode ser comum para ambos os gêneros.

“Ser pouco ativo sexualmente envolve inúmeros fatores, desde a falta de comunicação de um casal, estresse e até questões hormonais, como a baixa libido. Esta última é bem comum, para homens e mulheres, e mesmo sendo cotidiana, deve ser levada a sério, investigando a causa e seguindo um tratamento para a melhora”, relata Marcelo.

De acordo com o estudo, os pesquisadores também conseguiram entender uma relação dos efeitos sexuais positivos na depressão para a saúde de ambos os gêneros.

Marcelo, que trata diversos casos de disfunção sexual em sua clínica, explica o porquê dessa estreita ligação entre o sexo e a melhora na saúde mental. “O ato sexual libera vários hormônios na circulação que provocam bem-estar, auxiliam no controle da pressão arterial, frequência cardíaca e bem-estar emocional. Ser saudável sexualmente está intimamente ligado a uma vida melhor”, afirma o especialista.

E entre prazer e movimentos, quem não perde posições de destaque no organismo são os hormônios. De forma equilibrada, trabalham em conjunto a testosterona, estradiol, ocitocina, serotonina e dopamina, principalmente. A partir disso, os neurotransmissores conseguem estabilizar os hormônios de recompensa no corpo humano.

Ser sexualmente saudável depende de múltiplos fatores, mas é importante ficar sempre de olho nos hormônios, porque grande parte das disfunções hormonais pode se manifestar com a baixa libido e, em alguns casos, a dificuldade no momento da ereção. Tanto homens quanto mulheres devem realizar uma avaliação clínica completa, que integra indicadores dos níveis hormonais e as condições gerais de saúde. “Pensamos sempre de forma integrativa para este problema, pesquisamos nos exames clínicos questões que envolvem as vitaminas, minerais, hormônios e estimulamos uma vida mais saudável”, revela Bechara.

Para tratar questões hormonais que afetam a libido, a reposição hormonal pode ser um dos cuidados que o homem e a mulher podem ter. A terapia hormonal deve ser indicada pelo médico que acompanha o paciente e pode ser administrada por adesivos cutâneos, gel ou injeções, aliviando os sintomas da queda hormonal.

Para Marcelo Bechara, apesar de ser um tratamento válido, é importante fortalecer outros cuidados na vida. “Se entendermos que não é necessário reposição, estimulamos um tratamento multidisciplinar, com o emagrecimento para diminuir a fadiga, o controle do estresse e indicamos até terapia de casal”, revela o médico.