Mais de 250 queimaduras de caravelas são registradas na praias de São Luís
Duzentas e cinquenta e três casos de queimaduras de caravelas foram registrados nas praias da Grande Ilha de São Luís em 2024.
Segundo o Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (BPMMA), os acidentes resultaram em 56 atendimentos pré-hospitalares.
Para prevenir a ocorrência de queimaduras de banhistas por caravelas, o Batalhão de Bombeiros Marítimo (BBMar) disse que realizou quase 20 mil abordagens entre janeiro e outubro deste ano na orla marítima da Grande Ilha.
Entre as ações estão incluídas ações para conscientizar, prevenir e atender ocorrências relacionadas às caravelas.
O comandante do BBMar, major Jonatan Coutinho, destaca os cuidados necessários para evitar acidentes e explicou os riscos desses animais para a saúde.
“Embora as caravelas sejam fascinantes em sua beleza, elas representam um perigo real para quem entra em contato com seus tentáculos. A toxina que elas liberam pode causar queimaduras dolorosas e, em casos mais graves, complicações de saúde”, alerta.
Conforme o BPMar, o trabalho de conscientização nas praias da capital, tem sido intensificado, especialmente durante os meses de maior movimento nas áreas litorâneas.
Além das abordagens educativas, o batalhão também realiza ações de monitoramento constante para identificar a presença das caravelas nas praias e orientar os banhistas sobre os cuidados necessários.
As caravelas são conhecidas por sua aparência colorida e que chama atenção, principalmente das crianças. Porém, o contato direto com este animal marinho provocar dor intensa e queimaduras que podem ser graves.
Riscos e primeiros socorros
As caravelas possuem tentáculos longos, que podem liberar toxinas quando entram em contato com a pele.
As queimaduras causadas por esses tentáculos provocam dor intensa, vermelhidão e, em alguns casos, reações alérgicas graves.
O maior risco está no contato direto com o animal, que pode ser mais comum em áreas de mar agitado, onde as correntes podem transportar as caravelas para a orla.
Em caso de queimaduras, o comandante do BBMar orienta que a pessoa afetada não deve entrar em pânico.
A recomendação inicial é sair da água imediatamente e lavar a área atingida com água do mar – nunca com água doce, pois isso pode agravar a dor.
Se houver dor intensa ou sinais de reação alérgica, como dificuldade para respirar, é essencial procurar atendimento médico.
O batalhão também reforça as ações de educação preventiva. Ao longo deste ano, promoveu campanhas de conscientização nas praias e utilizou as redes sociais para ampliar a divulgação destas orientações.
Além disso, o trabalho de monitoramento das águas continua sendo uma prioridade, com equipes atuando para identificar a presença de caravelas e sinalizar as áreas de risco para a população.