Contrariando OMS e Ministério da Saúde, Bolsonaro chama coronavirus de “gripezinha” e pede fim do confinamento em massa
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) declarou, na noite desta terça-feira (24), que a rotina no país deve retornar à realidade e que a imprensa brasileira espalhou o pânico em torno do coronavírus, o qual voltou a chamar de “gripezinha”. Em pronunciamento em rádio e televisão, Bolsonaro também criticou governadores por determinarem quarentena — com fechamento de comércio e fronteiras — e questionou o motivo pelo qual escolas foram fechadas. Durante os pouco mais de cinco minutos de fala do presidente, vários panelaços contra ele foram realizados em cidades brasileiras.
“O vírus chegou, está sendo enfrentado por nós e brevemente passará. Nossa vida tem que continuar, empregos devem ser mantidos, o sustento das famílias deve ser preservado, devemos, sim, voltar a normalidade”, disse. Algumas poucas autoridades estaduais e municipais devem abandonar o conceito de terra arrasada, a proibição de transportes, o fechamento de comércio e confinamento em massa presidente – Jair Bolsonaro.
Veja o pronunciamento na íntegra:
Bolsonaro também disse que, pessoas saudáveis e abaixo dos 60 anos, não correm grandes riscos e que não devem apresentar sinais da doença em caso de contaminação. “O grupo de risco é o das pessoas acima dos 60 anos, então por que fechar escolas?”, questionou, Raros são os casos fatais de pessoas saudáveis com menos de 40 anos de idade, não teremos qualquer manifestação caso se contamine Idosos acima de 60 anos e pessoas com doenças pré-existentes são considerados pela OMS (Organização Mundial de Saúde) como grupo de risco para o coronavírus. Porém, a entidade tem reforçado que crianças e jovens adultos já morreram de covid-19.
As críticas de Bolsonaro ao isolamento social também contrariam orientações da OMS e do próprio Ministério da Saúde. Em consonância com a pasta, estão apenas as recomendações de que fronteiras não devem ser bloqueadas, e que o fechamento de escolas pode favorecer a contaminação de idosos por parte das crianças e adolescentes.
Fonte: UOL