Cartórios registram o maior número de mães solos no Maranhão desde 2019

Muitas mulheres maranhenses tiveram motivos em dobro para comemorar: são mãe e pai ao mesmo tempo. Dados inéditos levantados pelos Cartórios de Registro Civil do Maranhão apontam que nos quatro primeiros meses deste ano foram registradas 3.312 crianças somente com o nome materno, o segundo maior número absoluto e maior percentual para o mesmo período desde 2018.

Os dados ganham ainda mais relevância quando se observa que 2022 registrou o segundo menor número de nascimentos para o período, totalizando 29.757 recém-nascidos, ou seja, 11,13% do total de recém-nascidos no país tem apenas o nome da mãe em sua certidão de nascimento. Comparado ao mesmo período de 2018, quando nasceram 26.359 crianças e 2.651 delas foram registradas somente com o nome materno, o número de mães solos cresceu 661 registros, o que equivale a um aumento de 1,1%.

Os dados estão disponíveis no novo módulo do Portal da Transparência do Registro Civil, denominado Pais Ausentes, lançado no mês de março, e que integra a plataforma nacional, administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), que reúne as informações referentes aos nascimentos, casamentos e óbitos registrados nos 7.654 Cartórios de Registro Civil do Brasil, presentes em todos os municípios e distritos do país.

Na série histórica dos quatro primeiros meses do ano, o número de mães solos em 2022 só fica atrás de 2019, quando foram registrados 3.406 recém-nascidos somente em nome da mãe no período, diante de um total de 34.203 nascimentos, 4.446 mil registros a mais do que o total de nascimentos deste ano. Já em 2020 foram 2.964 crianças registradas somente em nome da mãe, enquanto em 2021 este número totalizou 3.031 registros.

“Com o Portal da Transparência de Registro Civil, conseguimos mensurar o eficaz trabalho dos cartórios do estado do Maranhão, com isso, podemos verificar o crescimento dos números quando nos referimos a mães solo, o ano de 2022 houve um aumento considerável quando comparado ao ano passado, através do levantamento notamos um problema social que são os registros das crianças sem o nome do pai, nós que trabalhamos nos cartórios queremos chamar a atenção da sociedade para que esses números nos próximos anos, sejam menores”, disse Devanir Garcia, presidente da Arpen/MA. “Aos pais que ainda não assumiram a paternidade, solicitamos que venham até o cartório e regularize a situação e dê ao seu filho o direito de ter um pai na certidão de nascimento”, completou.

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